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BNDES cria programa de R$ 200 milhões para estimular negociação de créditos de carbono


Recursos serão aplicados em fundos mútuos de participação em empresas que adotem tecnologias limpas


O BNDES criou um novo programa para estimular empreendimentos que adotem tecnologias limpas, fomentando a geração de créditos de carbono no mercado.


O presidente do Banco, Luciano Coutinho, lançou nesta terça-feira, dia 5, o Programa BNDES Desenvolvimento Limpo, que prevê a criação de fundos mútuos fechados de investimento para apoiar projetos capazes de gerar RCEs (documentos conhecidos como Redução Certificada de Emissões), no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto. Os RCEs são créditos de carbono negociados no mercado internacional e estão vinculados a projetos que adotem tecnologias limpas em detrimento de tecnologias poluentes.


O novo programa, a ser implementado pela BNDESPAR, terá dotação orçamentária de R$ 200 milhões e prazo de vigência até 31 de dezembro de 2009. A participação da BNDESPAR ficará limitada a no máximo 40% das cotas dos fundos selecionados. Esses fundos de participação acionária em empresas que apresentem projetos MDL poderão aumentar a atratividade econômica de atividades como a geração de energia elétrica, a produção de suínos, aterros sanitários e de projetos com foco na eficiência energética.


O Programa BNDES Desenvolvimento Limpo foi estruturado pelo Departamento de Meio Ambiente em conjunto com a Área de Mercado de Capitais do Banco. A iniciativa faz parte de um elenco de medidas aprovadas para ampliar o apoio a projetos que contribuam para a qualidade de vida no planeta, com a adoção de ações de combate ao aquecimento global e à redução das emissões de gases do efeito estufa.


Como os mercados mundiais de carbono estão ainda em estágio inicial de desenvolvimento, o Programa BNDES Desenvolvimento Limpo selecionará, numa primeira etapa, gestores para dois fundos. A natureza dos projetos MDL permite a estruturação de fundos voltados tanto para empresas de grande porte quanto para pequenas empresas.


Pelas regras do novo programa, os gestores privados selecionados terão de ter experiência em operações de capital de risco, em estruturações societárias, em fusões e aquisições e em projetos MDL.


Embora o Brasil não tenha metas estabelecidas para a redução de emissão de gases do efeito estufa no primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto (de 2008 a 2012), a geração e a negociação de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) criam uma janela de oportunidades para as empresas nacionais.


Além do Programa BNDES Desenvolvimento Limpo, também destacam-se, entre outras medidas adotadas pelo Banco:


  • A adesão do BNDES à Declaração sobre Mudanças Climáticas, proposta pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Iniciativa para o Setor Financeiro (PNUMA –IF). Essa iniciativa tem por objetivo integrar as questões ambientais às operações e serviços financeiros.

  • Adoção de novas cláusulas na política ambiental do Banco.

  • Contrato entre o BNDES e o Banco do Brasil tornando o BB mandatário dos financiamentos de projetos no âmbito do Proesco (Programa de Apoio a Projetos de Eficiência Energética).

  • Levantamento das emissões de gases do efeito estufa provenientes das atividades do BNDES. Com base nesses levantamentos, o Banco vai desenvolver projetos para compensar essas emissões.

Fonte: bndes.gov.br

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