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Reunião técnica e comercial sobre destinação do chorume


Foi realizada uma reunião técnica e comercial com empresas de tecnologia Alemão e Indiana na busca da solução definitiva para a destinação correta de todo chorume que será produzido pelo Sistema INER de resíduos sólidos.


O chorume é um dos maiores inimigos do solo e não tem como falar em solução para o problema do lixo no Brasil sem encontrar uma destinação correta para o chorume.

O acúmulo de chorume é, sem sombra de dúvida, um dos maiores inimigos do meio ambiente.


Ele pode causar a poluição dos lençóis freáticos e outros mananciais e depósitos aquíferos subterrâneos. Mais diretamente, o chorume contamina o solo no local onde é formado.


Além de todo o transtorno causado para com o meio ambiente, o chorume tem um potencial enorme de provocar impactos para a própria saúde humana e para a dos animais. Isso porque o controle da infiltração e da qualidade das águas subterrâneas é difícil e custoso.


Em locais de baixa renda, atingidos diretamente pela falta de saneamento, a utilização de água contaminada com chorume é muito provável de acontecer.


O quadro é ainda pior se considerarmos a alta concentração de metais pesados no chorume. Como esses metais tendem a se acumular nas cadeias alimentares, a contaminação pelo seu consumo é um risco sério e bastante real, já que a própria utilização de água contaminada na irrigação de plantações pode significar o adoecimento de populações inteiras.


No caso do necrochorume, o risco ambiental é ainda maior, uma vez que a prática de enterrar os mortos acelera o processo, depositando a matéria orgânica a ser decomposta já no subsolo. Caso as práticas de sepultamento não sejam feitas corretamente, de acordo com a legislação ambiental, a contaminação dos aquíferos é ainda mais preocupante.


Tratamento de chorume


Existem algumas maneiras de tratar o chorume, evitando assim que contamine as reservas de água do meio ambiente.


Recirculação:

O processo de recirculação consiste na drenagem do chorume, captando-o e acumulando-o em um poço específico. Após a captação, ele é realocado no aterro. Por meio do uso de drenos, o líquido é distribuído em redes e, contando com microrganismos, tem sua ação tóxica atenuada.


Tratamento biológico:

Esse é um método acessível, de baixo custo, que inclui algumas etapas, como: filtragem para separação dos sólidos e líquidos (caixas de areia e gradeamento); tanques de decomposição com bactérias anaeróbicas e aeróbicas; e tanques de compostagem, para transformação do material em adubo orgânico.


Tratamento bioquímico:

Esse tipo de tratamento envolve a utilização de plantas como agentes despoluidores de materiais e recursos contaminados. Necessita ocorrer em um ambiente de equilíbrio, no qual as plantas serão responsáveis pela purificação.

Os famigerados aterros sanitários:

Os aterros sanitários são locais controlados para depósito e tratamento do lixo. Lá, o chorume é recolhido por meio da instalação de um sistema de drenagem que impermeabiliza o solo. É por ele que o chorume é recolhido e levado para os tanques utilizados no tratamento biológico. Lá ocorre a retenção dos metais pesados, de modo que a água possa retornar despoluída ao meio ambiente.

Os Lixões a céu aberto:

Por mais incrível que possa parecer, este ainda é o modelo reinante no Brasil, que possui mais de 3.000 destes espalhados pelos municípios.

A produção de chorume é um dos maiores problemas ambientais enfrentados pelos grandes centros urbanos, uma vez que pode atingir não apenas o solo e a água, mas também os seres vivos de maneira direta.

Seu tratamento é essencial para a preservação do meio ambiente.


Por isso, lixões ultrapassados precisam ser substituídos por soluções mais atuais do que os aterros sanitários, que não são mais praticados em países do primeiro mundo. Esses lixões, mesmo se operado corretamente, inviabilizam o investimento, e por este motivo, no Brasil, a maior parte dos aterros sanitários foram transformados em lixão logo após a sua inauguração.

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